O IMPERIALISMO EUROPEU NA ÁFRICA
Para justificar a
colonização, o imperialismo europeu criou uma ideologia racista, que segundo o
qual, os brancos eram superiores às demais raças, cabendo a eles a “missão
civilizadora” de resgatar os povos colonizadores de sua condição de barbárie.
Durante séculos, a África
representou para os europeus apenas uma inesgotável fonte de escravos e, em
menor escala, de ouro e marfim. Os traficantes e comerciantes, baseados em
entrepostos litorâneos, praticamente sintetizavam a presença europeia no
continente.
Entre novembro de 1884 e
fevereiro de 1885, 13 nações europeias, além dos Estados Unidos e da Turquia,
promoveram a Conferência de Berlim, que tinha como objetivos principais,
discutir normas para tráfego e utilização comercial livre dos Rios Níger e
Congo e regulamentar a apropriação do continente africano.
Com vistas a delimitar a
partilha do continente foram usados paralelos e meridianos e o traçado dos rios
como marcos divisórios fronteiriços. Além da utilização de recursos
cartográficos na demarcação de fronteiras artificiais, os europeus
estabeleceram divisões internas em suas colônias, tanto para garantir controle
militar quanto para estabelecer domínio em áreas de mineração. A criação dessas
fronteiras provocou a separação entre grupos étnicos que viviam pacificamente
em um mesmo território, enquanto grupos étnicos adversários foram obrigados a
conviver na mesma terra. Dessa forma, os colonizadores dificultaram a formação
de alianças que pudessem lhes fazer oposição.
Possessões coloniais/ País Metrópole
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Países atuais
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Alemãs, Alemanha
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Camarões, Togo, Namíbia, Tanzânia
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Belgas, Bélgica
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República Democrática do Congo
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Britânicas, Inglaterra
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Nigéria, Sudão, Uganda, Quênia, Egito, Serra Leoa,
Somália, Gâmbia, África do Sul, Suazilândia, Botsuana, Maurício, Zâmbia,
Zimbábue
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Espanholas, Espanha
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Ilhas Canárias, Guiné Equatorial
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Francesas, França
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Argélia, Tunísia, Marrocos, Costa do Marfim,
Madagascar
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Italianas, Itália
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Líbia, Somália, Eritreia
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Portuguesas, Portugal
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Madeira, Cabo Verde, Guiné, São Tomé e Príncipe,
Angola, Moçambique
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Estados Independentes
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Libéria, Etiópia
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