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sexta-feira, 26 de agosto de 2016

3º Ano Ensino Médio - Maya - A descolonização da África

A DESCOLONIZAÇÃO DA ÁFRICA

Inglaterra e França eram as principais potências imperialistas europeias. O processo de descolonização se deu depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), quando as grandes potências europeias saíram arrasadas economicamente do conflito, sem condições de manter seus vastos impérios coloniais. Ao mesmo tempo, a opinião pública cobrava uma postura coerente da Inglaterra e da França, que tinham combatido o totalitarismo nazista alemão e o fascismo italiano em nome da democracia e da autodeterminação dos povos, e não davam esse direito aos povos de suas colônias. O afrouxamento das rédeas metropolitanas fez com que muitos povos africanos negociassem sua independência ou pegassem em armas para conseguir a independência. A dominação europeia na África muitas vezes enfrentou a resistência dos povos locais, que se insurgiam contra os dirigentes europeus. Algumas independências se deram com sangrentas guerras, como a da Argélia. Os novos países mantiveram sua condição de exportadores de produtos primários e, embora independentes, continuaram muito dependentes de suas antigas metrópoles.
Com o processo de independência africana, na segunda metade do século XX, o pan-africanismo se fortaleceu, tendo como um de seus líderes Kwame N’Krumah, presidente de Gana(antiga colônia britânica da Costa do Ouro) na década de 1960. Para ele, o fortalecimento econômico das nações africanas e a aproximação entre elas seria o caminho para a plena independência, uma vez que os colonizadores europeus, mesmo tendo concedido a independência, não abririam mão de indiretamente manter sua influência econômica, dilapidando as riquezas do continente.
Em 1964, as nações africanas independentes, em reunião no Cairo, criaram a Organização da Unidade Africana (OUA). Buscavam, dessa forma, ampliar a cooperação entre os Estados e garantir a segurança entre seus países-membros. Porém, ao manter os limites territoriais impostos pelas nações europeias, a OUA consolidou a fragmentação da África. Além disso, boa parte das elites locais ainda representava maiorias étnicas remanescentes da antiga configuração, o que pode também servir para explicar a instabilidade das fronteiras e as sucessivas guerras étnicas que caracterizaram as nações africanas – e caracterizaram até a atualidade – principalmente na região subsaariana.
Em 2002, os novos líderes africanos reuniram-se em Durbam, na África do Sul, e puseram fim à OUA, criando a União Africana (UA). Essa nova organização veio ampliar o leque de objetivos para a integração do continente. Em sua carta de abertura, propunha a criação de um Conselho de Paz e Segurança, representando por alguns países africanos com poderes para intervir em guerras locais e evitar atos de extermínio em massa, como os que continuam a ocorrer em diversos conflitos africanos. Além disso, a UA também tem como objetivo a promoção do desenvolvimento econômico e social das nações africanas, por intermédio do combate à fome e da erradicação da pobreza.

Professora Daiane – Geografia – 2016.


MECFlix | História Aula 01 - A Descolonização da África, Nelson Mandela...

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3º Ano Ensino Médio - Maya - Descolonização da África

Descolonização da ÁFRICA

Assim como a América do Sul e Central e Ásia, a África também foi colonizada pelos europeus, fato comum entre os citados é que todos foram colônias de exploração. A divisão do continente para exploração ocorreu na Conferência de Berlim, na Alemanha em 1885, nessa fizeram parte Inglaterra, França, Bélgica, Alemanha, Itália, Portugal e Espanha.
A partir dessa conferência ficou definida a divisão geográfica dos respectivos territórios a serem explorados. O processo de exploração das colônias africanas durou muito tempo, as consequências atuais são derivadas de vários fatos históricos, sobretudo, da exploração.
No início do século XX, somente a Libéria havia alcançado a independência política em todo continente, isso prova o grau de dependência em relação às metrópoles e também o nível de atraso em desenvolvimento tecnológico, industrial e econômico em comparação aos outros continentes. O processo de independência das colônias em relação às metrópoles europeias é denominado historicamente como descolonização.
Doravante a esse período, teve início uma modesta iniciativa de instaurar a independência e autonomia política das colônias, os primeiros a contemplar tal feito foi o Egito nos anos 20, além da África do Sul e Etiópia, ambos nos anos 40.
Um dos fatos que mais favoreceu o processo de descolonização da África foi sem dúvida a Segunda Guerra Mundial que ocorreu na Europa entre 1939 e 1945. Como esse conflito armado que aconteceu no continente europeu o mesmo sofreu com a destruição e o declínio econômico.
      O enfraquecimento econômico e político de grande parte dos países europeus, especialmente aqueles que detinham colônias na África, foram aos poucos perdendo o controle sobre os territórios de sua administração.
      Esse fato deixa explícito que a perda de territórios se desenvolveu somente pelo motivo de reconstrução que muitos países necessitavam executar, assim não podendo designar forças e recursos para o controle das metrópoles.
      Aliado à questão da guerra, surgiram grupos e movimentos que lutavam em busca da independência política, essa onde libertaria se dispersou por todo o continente e perdurou por vários anos. Posteriormente, o resultado foi a restituição dos territórios e surgimento de pelo menos 49 novas nações africanas.
      Porém, a luta pela independência se intensificou na década de 60, sempre marcada pelo derramamento de sangue, uma vez que nunca havia atos pacíficos.
      Mesmo com todas as adversidades, os países foram alcançando sua independência política, no entanto, a divisão dos territórios ficou definida a partir da concepção europeia que não levou em consideração as questões de ordem étnicas e culturais, desatenção que desencadeia uma série de conflitos em distintos lugares da África, isso por que antes dos europeus as tribos tinham suas próprias fronteiras e todos se respeitavam. Com a instauração das novas fronteiras algumas tribos foram separadas, grupos rivais agrupados, entre outros fatos que colocaram em risco a estabilidade política na região.

      Depois de longas décadas de lutas para alcançar a autonomia política e econômica, hoje a África conta com 55 territórios independentes, salvo o Saara Ocidental, que é um território de domínio do Marrocos.

domingo, 21 de agosto de 2016

2º Ano Ensino Médio Arcadas - Matrizes Culturais do Brasil.

Matrizes culturais do Brasil.

Diz-se de matrizes culturais do Brasil a formação cultural de sua população que ocorreu através da miscigenação de vários grupos étnicos. A princípio o branco europeu, o índio e o negro e posteriormente, no século XIX, a entrada de migrantes principalmente europeus.

Esclarecimentos necessários.
O termo etnia refere-se a agrupamentos humanos com uma unidade cultural em comum, ou seja, possuem traços culturais que se assemelham: idiomas, costumes, maneiras de pensar, sentir e agir. Já o termo raça, muito usado no passado, passou por uma reavaliação. A biologia colocou esse termo em desuso, impróprio para se referir a seres humanos, visto que se constatou que não existem raças humanas e sim raça humana. Todos seres humanos pertencem a uma única raça.

As etnias que formaram a matriz cultural do Brasil.
Quando os portugueses chegaram aqui a terra estava totalmente povoada por pessoas as quais foram denominadas de índios. Eram vários grupos étnicos que possuiam semelhança e diferenças culturais, mas foram todos considerados índios. A primeira miscigenação que ocorreu foi com o branco europeu e os índios do Brasil.
Para Portugal tornar o Brasil produtivo usou primeiramente o trabalho indígena, o qual não se mostrou tão interessante visto que: "Os indígenas brasileiros, vivendo no estágio da comunidade primitiva, desconheciam a escravidão. Ou devoravem os prisioneiros de guerra ou assimilavam-no à tribo."(1. pp. 44-45). A solução foi trazer os negros, os quais Portugal já conhecia da costa africana. Esses passaram a ser escravizados no Brasil no início do ciclo da cana-de-açúcar. O negro, deslocado de sua terra e de sua cultura, foi o terceiro elemento da formação étnica do Brasil.
Do século XVI ao início do século XIX, a constituição étnica principal do Brasil foi o negro, o índio e o branco. No início do século XIX, várias mudanças estruturais fizeram com que a população do Brasil aumentasse. A vinda da família real, a necessidade de uma força armada e a grande necessidade de povoar o território figuram entre as principais mudanças.
"Formou-se então, a primeira corrente de colonos ou imigrantes portugueses vindos principalmente das ilhas dos Açores. Foram escolhidos, de preferência, grupos familiares [...]" (2. p.178). Que por sinal foi uma grande exceção na história do Brasil. Em meados do século XIX a necessidade de mão-de-obra para a lavoura do café traria muitos migrantes em situação extremamente difícil para trabalhar nas fazendas de café.
Por volta de 1850 -1930 chegaram ao Brasil migrantes de origem europeia e alguns asiáticos. O Brasil vinha sendo pressionado para acabar com a escravidão e o europeu atenderia a necessidade de mão-de-obra e ao mesmo tempo promoveria um certo "embranquecimento" do povo brasileiro.
Durante esses oitenta anos grande levas de portugueses, espanhóis e italianos entram no país. Também chegaram alemães, libaneses e japoneses. Todos contribuiram muito com a formação cultural do Brasil, pois na nova terra manifestavam seus constumes e suas crenças, influenciaram e foram influenciados. Nossa música, nosso idioma, nossas festas populares, nossas crenças tiveram influências significativas desses povos que aqui se fixaram.
A partir de 1930 a migração para o Brasil declinou, na segunda guerra mundial o nível de migrantes para o Brasil se reduziu ao máximo, para depois, entre 1949 e 1953, ter um sútil aumento nas taxas de migração, mas ainda pouco significativas.

Fluxo de migrantes da Europa para a América. Notem que o sudeste e sul do Brasil, Argentina e Uruguai receberam um significativo número de migrantes europeus.

Fluxo de migrantes negros e árabes que sairam da África e vieram para a América. Praticamente todo litoral do Brasil, a América Central (insular e continental) e o sul dos Estados Unidos receberam muitos migrantes. Notem a predominância dos negros.

Referências:
[2] MELHEM, Adas. Geografia da América: aspectos físicos e sociais. São Paulo: Moderna, 1982.
[1] CÁCERES, Florival. História da América. São Paulo: Moderna, 1980.
DURAND, Marie-Françoise [et al.]. Atlas da mundialização: compreender o espaço mundial contemporâneo [trad. Carlos Roberto Sanchez Milani] São Paulo: Saraiva, 2009. (inclusive imagens).

3º Ano Ensino Médio - Maya - Economia da África

ECONOMIA

A África é o continente menos desenvolvido economicamente. Alguns países se destacam pela exploração mineral: petróleo (Argélia, Líbia, Nigéria e Angola); ouro (África do Sul, Zimbábue, Congo e Gana); fosfato (Marrocos); diamantes (República Democrática do Congo, África do Sul e Botsuana); manganês e urânio (Gabão e África do Sul). Essas atividades são responsáveis por 90% das exportações do continente.
A agricultura é desenvolvida principalmente no vale do rio Nilo, onde os solos são muito férteis, com destaque para os cultivos de cereais e de algodão. A região denominada Maghreb, no noroeste do continente, também exerce grande importância para a agricultura africana. Esse local apresenta clima mediterrâneo, favorável para as produções de vinha, oliva e cítricos.

O setor industrial é pouco desenvolvido. A África do Sul é o maior destaque africano desse segmento econômico, abrigando metalúrgicas, indústrias químicas, têxteis, alimentícias, locomotivas e de automóveis.

A África é o continente mais pobre do mundo. Cerca de 1/3 dos habitantes da África vivem com menos de 1 dólar ao dia, abaixo do nível da pobreza definido pelo Banco Mundial. O avanço de epidemias, o agravamento da miséria e os conflitos armados levam esta região a um verdadeiro caos. Além disso, quase 2/3 dos portadores do vírus HIV do planeta vivem neste continente. O atraso econômico e a ausência de uma sociedade de consumo em larga escala, colocam o mercado africano em segundo plano no mundo globalizado. O PIB total da África é de apenas 1% do PIB mundial e o continente participa de apenas 2% das transações comerciais que acontecem no mundo.


Em sua maioria, os africanos são tradicionalmente agricultores e pastores. A colonização européia aumentou a demanda externa de determinados produtos agrícolas e minerais. Para atendê-la, construíram-se sistemas de comunicação, introduziram-se cultivos e tecnologia europeus e desenvolveu-se um sistema de economia de intercâmbio comercial, que continua coexistindo com a economia de subsistência.


Embora um quarto do território africano seja coberto por florestas, grande parte da madeira só tem valor como combustível. Gabão é o maior produtor de okoumé, um derivado da madeira usado na elaboração de compensado (madeira em chapa). Costa do Marfim, Libéria, Gana e Nigéria são os maiores exportadores de madeira de lei. A pesca marítima, que é muito difundida e voltada para o consumo local, adquire importância comercial no Marrocos, na Namíbia e na África do Sul. A mineração representa a maior receita dentre os produtos exportados. As indústrias de extração mineral são o setor mais desenvolvido em boa parte da economia africana. Além disso, Serra Leoa tem a maior reserva conhecida de titânio.

A nação mais industrializada do continente é a África do Sul, que alcançou relativa estabilidade política e desenvolvimento, possuindo sozinha 1/5 do PIB de toda a África. Porém, também já foram implantados notáveis centros industriais no Zimbábue, no Egito e na Argélia. O principal bloco econômico é o SADC, formado por 14 países, que se firma como o pólo mais promissor do continente.

 


3º Ensino Médio - Maya - Imperialismo Europeu na África

O IMPERIALISMO EUROPEU NA ÁFRICA

Para justificar a colonização, o imperialismo europeu criou uma ideologia racista, que segundo o qual, os brancos eram superiores às demais raças, cabendo a eles a “missão civilizadora” de resgatar os povos colonizadores de sua condição de barbárie.
Durante séculos, a África representou para os europeus apenas uma inesgotável fonte de escravos e, em menor escala, de ouro e marfim. Os traficantes e comerciantes, baseados em entrepostos litorâneos, praticamente sintetizavam a presença europeia no continente.
Entre novembro de 1884 e fevereiro de 1885, 13 nações europeias, além dos Estados Unidos e da Turquia, promoveram a Conferência de Berlim, que tinha como objetivos principais, discutir normas para tráfego e utilização comercial livre dos Rios Níger e Congo e regulamentar a apropriação do continente africano.
Com vistas a delimitar a partilha do continente foram usados paralelos e meridianos e o traçado dos rios como marcos divisórios fronteiriços. Além da utilização de recursos cartográficos na demarcação de fronteiras artificiais, os europeus estabeleceram divisões internas em suas colônias, tanto para garantir controle militar quanto para estabelecer domínio em áreas de mineração. A criação dessas fronteiras provocou a separação entre grupos étnicos que viviam pacificamente em um mesmo território, enquanto grupos étnicos adversários foram obrigados a conviver na mesma terra. Dessa forma, os colonizadores dificultaram a formação de alianças que pudessem lhes fazer oposição.

Possessões coloniais/ País Metrópole
Países atuais
Alemãs, Alemanha
Camarões, Togo, Namíbia, Tanzânia
Belgas, Bélgica
República Democrática do Congo
Britânicas, Inglaterra
Nigéria, Sudão, Uganda, Quênia, Egito, Serra Leoa, Somália, Gâmbia, África do Sul, Suazilândia, Botsuana, Maurício, Zâmbia, Zimbábue
Espanholas, Espanha
Ilhas Canárias, Guiné Equatorial
Francesas, França
Argélia, Tunísia, Marrocos, Costa do Marfim, Madagascar
Italianas, Itália
Líbia, Somália, Eritreia
Portuguesas, Portugal
Madeira, Cabo Verde, Guiné, São Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique
Estados Independentes
Libéria, Etiópia

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

3º Anos Ensino Médio Maya - Vegetação, Relevo, Clima e Dados Geográficos da África

VEGETAÇÃO DA ÁFRICA

A vegetação da África, devido ao vasto território, apresentando grande diversidade de vegetações, que acompanham a influência climática. Desta forma, Onde ocorre o clima equatorial há presença de grandes florestas tropicais e equatoriais. As savanas aparecem mais ao sul e mais ao norte das florestas tropicais, onde ocorre a presença de umidade na estação do verão. Na região norte (áreas de clima desértico), quase não são encontradas vegetações. Nos extremos sul e norte do continente africano, aparece a vegetação mediterrânea, marcada pela presença de arbustos e gramíneas.

Principais tipos de vegetação na África:

Floresta Equatorial: Presente na região central e centro-oeste do continente. Composta por vegetação fechada, emaranhada e densa. Influenciada, principalmente, pelo elevado índice de chuvas na região.

Savanas: Presentes nas faixas norte e sul das florestas tropicais e também na região sudeste do continente africano. É composta por gramíneas, com presença espalhada de árvores de pequeno porte e arbustos.

Estepes: Faixa presente ao norte e nordeste das savanas. É uma vegetação de transição das savanas para a vegetação desértica. Vegetação tipicamente rasteira composta por herbáceas.

Vegetação Mediterrânea: Presente no extremo norte da África (litoral do Mar Mediterrâneo) e também no litoral sul da África do Sul. Vegetação composta por gramíneas e arbustos.

Vegetação desértica: Presente no deserto do Saara é composta por arbustos de galhos secos bem espaçados e gramíneas. Porém, estes tipos de vegetação aparecem apenas em áreas com cursos de água (raros no deserto). Em grande parte do deserto do Saara não há vegetação.

Dados Geográficos da África:
- Quantidade de países: 55
- Área: 30.215.303 km²
- Altitude média: 730 metros 
- Ponto mais elevado: Monte Kilimanjaro an Tanzânia  com 5.895 metros
- Banhada pelas águas do: Mar Mediterrâneo (norte), Oceano Atlântico (oeste), Oceano Atlântico (sul) e Oceano Índico (leste)
- Principais ilhas: Madagascar, Seicheles, Ilhas de Cabo Verde, Ilhas Maurício, Canárias, Madeira, São Tomé e Príncipe e Comores.
- Principais rios: Nilo, Congo, Orange, Níger, Zambeze e Limpopo.
- Principais lagos: Chade, Vitória, Turkana e Tanganica.

Relevo africano: No continente africano prevalece a existência de planaltos de altitudes baixas e médias. Nas regiões litorâneas, encontramos as planícies costeiras. As principais cadeias montanhosas que se destacam no continente africano são: Cadeia do Atlas (na região noroeste) e Cadeia do Cabo (na região sul).


Clima: No continente africano existem quatro tipos de clima. Na região centro-ocidental prevalece o clima equatorial, marcado por altas temperaturas e elevado índice pluviométrico. Quase toda região norte é marcada pelos climas semiárido e desértico, caracterizado pela baixa umidade em função da escassez de chuvas. No extremo norte (faixa litorânea), encontramos o clima mediterrâneo. Já o clima tropical ocorre na área centro-sul do continente.

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

3º Ano Ensino Médio Maya - Rios da África

Rios da África

A hidrografia da África inclui o segundo rio mais extenso do planeta, o rio Nilo. O extenso continente possui grandes bacias hidrográficas.
O rio Nilo possui uma extensão de 6.700 Km. O Vale do Rio Nilo abrange cerca de 1/3 da área total do Egito e é extremamente importante tanto para agricultura quanto para os mais de 33 milhões de habitantes que ali residem. Embora atravesse áreas desérticas, o Nilo recobre grande quantidade de chuvas nas suas nascente, localizadas na África Equatorial(Ruanda e Uganda) e na Etiópia.
O rio Níger, que nasce no maciço do Fouta Galon, próximo ao Atlântico, possui 4.200km e faz um percurso curioso: Para não desaparecer na região semi-árida que contorna o Saara, ele descreve uma grande curva (Meandro), para desaguar posteriormente no litoral setentrional do golfo do Guiné no Atlântico.
A maioria dos rios africanos nasce próximo aos oceanos, mas em lugar de se dirigir diretamente a eles, corre em direção oposta, até o interior do continente e só chega ao mar depois de fazer alguns contornos bastante externos e curiosos.
Na parte setentrional do continente destacam-se o rio Zambeze, no qual se localiza a cachoeira de Victória (120m de altura), e paralelamente a ele o rio Límpopo. Nas áreas desérticas e semi-áridas encontramos alguns cursos d'água que formam po ocasião das chuvas e são. Conhecidos pelo nome de Verds.
Além do Nilo, outros rios importantes para a África são o Congo e o Zambézia. Menos extensos, mas igualmente relevante, são o Senegal, o Orange, o Limpopo e o Zaire.

Rio Nilo

Na África está localizado o segundo rio mais extenso do mundo, o Nilo, logo atrás do Rio Amazonas, com 6.670 km de comprimento, dos quais 2 mil km correm em pleno deserto.
Esse rio, de grande importância histórica, nasce próximo ao lago vitória, com o nome de Nilo Branco, e segue rumo ao norte, onde, na cidade de Cartum, capital do Sudão, se une ao Nilo Azul, cujas nascentes se situam no maciço da Etiópia (ou Abissínia). Ao se juntarem, passam a formar um único curso de água, que atravessa o deserto do Saara com o nome de rio Nilo, indo desembocar no mar Mediterrâneo. A foz do Nilo é um imenso delta de grande proveito para a atividade agrícola, praticada na região há milhares de anos.
Para o desenvolvimento da agricultura em todo o vale do Nilo, a população ribeirinha sempre dependeu das enchentes do rio. Mas, por causas da curta duração dessas cheias, durante boa parte do ano a população ficava sem água para o plantio, embora o solo, que havia sido inundado, permanecesse fértil.
Para solucionar o problema, no início do século XX (1902), construiu-se no Nilo a barragem de Assuã e vários canais de irrigação nas suas margens, permitindo assim cultivos permanentes. A ampliação da barragem, em 1969, e a formação do lago Nasser aumentaram significativamente a área irrigada do vale do Nilo, no seu médio curso.

Entretanto, no baixo curso e no delta do rio, a diminuição do fluxo de água, com a consequente diminuição das cheias, e a redução da carga de nutrientes conduzidos pelas águas do Nilo têm acarretado o empobrecimento do solo nessas áreas, prejudicando a produtividade agrícola. Cerca de 95% dos nutrientes que o rio Nilo conduziria para o delta acabam ficando retidos na represa.

3º Ano Ensino Médio Maya - O Continente Africano

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 – VOLUME 2 – 3º Bimestre –
O CONTINENTE AFRICANO

Conforme se verifica no mapa mudo apresentado com a resposta, a África é o único continente que possui terras em todos os hemisférios.
O continente africano  é cortado pelo Equador, apresentando territórios nos hemisférios Norte e Sul,  assim como pelo Meridiano de Greenwich, possuindo terras nos hemisférios  Ocidental e Oriental.
Como é possível observar no mapa mudo  apresentado com a resolução (os retângulos coloridos são as respostas deste exercício), a maior parte do continente encontra-se  na Zona tropical (a faixa mais larga, a do meio), pois está ao Sul do Trópico de Câncer e ao Norte do Trópico de  Capricórnio. O extremo norte situa-se na Zona temperada norte, e o extremo sul, na  Zona temperada sul.
A fronteira entre a África e a Ásia costuma ser fixada no Istmo de Suez, o que faz da  Península do Sinai território asiático, que, no entanto, pertence a um país do continente  africano, o Egito. O Mar Vermelho é a fronteira marítima entre os dois continentes.
Como é possível observar no mapa mudo apresentado, o círculo vermelho (escrito fronteira da Ásia / África)  identifica a fronteira entre a África e a Ásia: o Istmo de Suez, no norte do Egito.
Significado de Istmo: estreita faixa de terra que liga duas áreas de terra maiores (p.ex., unindo uma península a um continente ou separando dois mares).

A Península do Sinai, pertencente ao Egito, faz fronteira terrestre com Israel. O  Sinai, considerado território asiático, é área de grande importância econômica (jazidas de petróleo) para o Egito, que, finalmente, obteve a sua devolução em 1979, após a assinatura de um acordo de paz com Israel. Importantes cidades egípcias  localizam-se na região do Sinai, como Ismaília, Suez e Port Said, e, para alguns  geógrafos, a fronteira israelo-egípcia deveria ser considerada como o limite preciso  entre a Ásia e a África. O Canal de Suez, construído na segunda metade do século  XIX e inaugurado em 1869, tornou-se de grande importância geoestratégica ao  permitir o encurtamento do trajeto marítimo entre a Ásia e a Europa.

A sequência numérica: (6), (3), (2), (7), (1), (5), (4) e (2). Faz  parte  da  resposta da  questão da  pagina 6-9.

Percebemos que, pelo fato de a linha do Equador passar praticamente no meio do continente, há um espelhamento ou simetria de climas e biomas de acordo com as latitudes a norte e a sul. Nos extremos dessas latitudes, por exemplo, predominam clima e vegetação mediterrâneos.

Rio Nilo: nasce no Lago Vitória (localizado entre Uganda, Tanzânia e Quênia), desloca-se para o norte e atravessa áreas tropicais e desérticas até sua foz, no Mar Mediterrâneo, nas proximidades de Alexandria, no extremo norte do Egito.

Rio Zambeze: nasce em Zâmbia e faz fronteira entre Botsuana, Namíbia, Zâmbia e  Zimbábue, desaguando no litoral de Moçambique, no Oceano Índico.

  • Rio Congo: o segundo maior em volume d’água no mundo, atravessa a floresta  equatorial africana e deságua no Oceano Atlântico.

O Saara, maior deserto quente do mundo, estende-se na porção norte da África e é  considerado um marco divisório, ao separar o Norte da África, composto de países em que  predominam povos árabes, semitas e camito-semíticos, da porção Centro-Sul do  continente denominada África Subsaariana, na qual a diversidade de etnias é grande.
O Saara localiza-se ao norte do continente africano e se estende do Oceano Atlântico até o Mar Vermelho, abrangendo vários países. Em virtude de suas grandes  extensões arenosas e baixíssima umidade, apresenta fraca densidade demográfica e  possibilita poucas atividades econômicas.
A Cadeia do Atlas, localizada no extremo noroeste da África, é um dos fatores  responsáveis pela aridez do Deserto do Saara. Isso ocorre porque sua elevada altitude  e a disposição transversal em que se encontra impedem a passagem dos ventos que  chegam do norte carregado de umidade do mar.
Quanto à localização dos países da África do Norte, ver respostas em azul (na zona temperada do norte) no  mapa mudo apresentado na página 1 deste gabarito.
As populações desses países têm uma unidade cultural dada pela religião islâmica, trazida pelos árabes da Península Arábica, a partir do século VII.
De acordo com o Atlas de L’Integratión Régionale en Afrique de l’Ouest (OCDE, 2006), do ponto de vista climático o Sahel é definido como a zona semiárida que compreende as  isoietas entre 200 e 600 mm e atravessa seis países do oeste da África continental: Mauritânia, Senegal, Mali, Burkina Faso, Níger e Chade. Abarca também a porção norte da Nigéria e de Camarões. Considerando-se o conjunto das características fitogeográficas, alguns estudos também incluem porções dos territórios do Sudão e da Somália.
O Magreb (ou também Magreb Central) corresponde à porção ocidental do Norte  da África, onde se localizam o Marrocos, a Argélia e a Tunísia, países que foram  integrados ao império colonial francês no século XIX e que, anteriormente, faziam  parte do Império Turco-Otomano. No entanto, notifique a existência do Grande  Magreb, região que se estende da Mauritânia à Líbia.
Em relação ao conjunto das exportações dos países que compõem o Magreb, as  trocas econômicas e comerciais com a Europa são mais intensas do que as relações  bilaterais que mantêm entre si. Além disso, devem-se considerar também os  seguintes aspectos: de toda a África, esta região é a que se encontra mais próxima da  Europa; é a região mais rica da África, depois da África Austral, com vastas reservas  de petróleo, gás natural, fosfato e ferro, matérias-primas de grande interesse para os  europeus; apresenta grande número de migrações com destino à União Européia e,  portanto, tem aproximação política geoestratégica; mas também há muitas incertezas, em virtude de movimentos islâmicos que se organizam nesses países e atuam  mundialmente.
A África do Norte, ou Setentrional, possui, além do Magreb, o Vale do Rio Nilo, no Egito, e o Saara.
Existem grandes similaridades entre o Rio Nilo, africano, e o Rio São Francisco, brasileiro. Ambos têm traçado sul-norte; o Nilo nasce em área tropical úmida e corre para o deserto, enquanto o São Francisco também tem sua nascente em área tropical e corre para a região do sertão nordestino. São utilizados para transporte, irrigação e geração de energia. Uma das diferenças entre eles encontra-se no tipo de foz, pois,  enquanto o Nilo, nas proximidades de Alexandria, tem a sua foz em forma de delta, o São Francisco, na divisa entre Sergipe e Alagoas, tem a sua foz em forma de estuário.
O Rio Nilo atravessa mais de 2 mil quilômetros de deserto, propiciando áreas mais úmidas e férteis, fornecendo água e solos agricultáveis em suas margens. Isso explica a  presença de muitas aglomerações humanas, como ocorre no Cairo e em Alexandria (Egito) e em Cartum e Omdurman (Sudão). Outro fato importante a respeito do Rio Nilo é a barragem de Assuan, situada a 950 quilômetros do Cairo, que fornece energia elétrica para todo o Egito e controla o volume da vazão de água nas cheias.
A formação dos desertos da Namíbia e do Kalahari associa-se à presença da corrente fria de Benguela. O anticiclone do Atlântico Sul é um centro emissor de massa de ar quente e úmida. No entanto, quando essa massa entra em contato com a corrente fria citada, perde suas características originais, transformando-se em uma massa fria e seca.
 Podemos associar a relativa pobreza hidrográfica  com a forte diferenciação climática do continente africano, uma vez que há extensas  áreas com predomínio de tipos climáticos desértico, semiárido e mediterrâneo tanto ao  norte como ao sul. O enunciado propicia comentário sobre as principais áreas  desérticas: o Saara, ao norte do continente, e os desertos do Kalahari e da Namíbia, no  extremo sul. De forma complementar, poderão também identificar alguns fatores que  influem decisivamente para a existência dessas áreas, como, entre outros, a atuação da  corrente marítima fria de Benguela para os desertos do extremo sul, e de outra corrente  de mesmo tipo (Canárias) e a Cadeia do Atlas para o caso do Saara, ao norte.
A resposta é a alternativa b.  Específico e pontual quanto ao conteúdo, o enunciado da questão exige conhecimento básico  sobre a região conhecida como Magreb,  solicitando sua localização no continente africano.