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sexta-feira, 9 de setembro de 2016

3º Ano Ensino Médio Maya - África: A sociedade em transformação - IDH Humano

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO DA ÁFRICA

Com o intuito de analisar a qualidade de vida da população de cada país, a Organização das Nações Unidas (ONU), por meio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), criou o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Esse instrumento consiste numa média que varia de 0 a 1 e analisa três aspectos: conhecimento (obtido por meio da média de anos de estudo da população adulta e o número esperado de anos de estudos); saúde (medido pela esperança de vida ao nascer); e renda (Renda Nacional Bruta per capita). Vale lembrar que quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido é o país. As categorias para análise, segundo critérios do PNUD são: muito elevado, elevado, médio e baixo.
A maioria dos países africanos apresenta um Índice de Desenvolvimento Humano muito baixo, principalmente os localizados na África Subsaariana. Somente os países que compõem a África do Norte, e também os localizados no sul do continente, apresentam IDH considerados médios e bons.
Os países mais pobres do mundo são os da África Subsaariana, com indicadores sociais e econômicos que demonstram uma péssima qualidade de vida para a população que habita esta região ao sul do Deserto do Saara. Seus problemas são fruto da extrema pobreza que os países dessa porção do continente enfrentam.
As economias dessas nações são basicamente exportadoras de produtos primários com baixo valor agregado, a maioria da sua população vive no meio rural e os Estados não são capazes de assegurar as condições mínimas de educação, assistência médico-hospitalar e a absorção das pessoas no mercado de trabalho nas áreas urbanas. Tal situação de pobreza resulta diretamente em altíssimas taxas de mortalidade infantil e na baixa expectativa de vida.
A influência dos modelos coloniais deve ser responsabilizada pela atual situação, pois o alicerce dos Estados africanos foi constituído, quase sempre, pelo aparelho administrativo criado pela colonização europeia. No momento das independências, o poder político e militar transferiu-se das antigas metrópoles para as elites nativas urbanas, que instalaram regimes autoritários. Muitas vezes, essas elites representavam apenas um dos grupos étnicos do país, marginalizando por completo as etnias rivais. Como resultado, de modo geral, a vida política africana foi sobressaltada por sucessivos conflitos internos (incluindo golpes de Estado) e contaminada pela violência e pela corrupção.
A globalização em curso e a formação de blocos econômicos internacionais devem ser citadas como responsáveis por reproduzir esquemas de dependência econômica na África.
Como uma das heranças do passado colonial, grande parte de seus países possui economias pouco diversificadas, exportadoras de produtos primários (agrícolas, minerais e petrolíferos), o que não permite romper com o modelo financeiro que os subordina aos mercados dos países consumidores.
Devido a tal característica, a África tem pequena participação na economia mundial, ainda que suas trocas comerciais com outras regiões do mundo estejam se desenvolvendo hoje em dia, em particular com a China.

Algumas causas e fatores dessa pouca expressividade:

• o enfraquecimento dos Estados africanos em função das heranças históricas do colonialismo e também em virtude de fatores políticos e econômicos geradores de instabilidade interna, o que impõe dificuldade para se afirmarem perante a globalização;
• o fato de a globalização em curso reproduzir esquemas de dependência econômica na África, pois, como uma das heranças do passado colonial, grande parte de seus países possui economias pouco diversificadas, exportadoras de produtos primários (agrícolas, minerais e petrolíferos), o que não permite romperem com o modelo financeiro que os subordina aos mercados dos países consumidores. Devido a tal característica, a África tem pequena participação na economia mundial, ainda que suas trocas comerciais com outras regiões do mundo estejam se desenvolvendo hoje em dia, em particular com a China;
• o continente africano perdeu importância geopolítica depois do fim da Guerra Fria (1947-1989), e os reflexos se fizeram sentir até mesmo na redução do montante da ajuda humanitária, principalmente durante a década de 1990.

Hoje os chineses têm sido os maiores investidores na África Subsaariana e sua presença no continente data da década de 1960, quando participaram ativamente da venda de armamentos para grupos comunistas insurgentes em diversos países africanos. Depois das mudanças ocorridas na China, a partir de 1978, com a abertura das Zonas Econômicas Especiais (ZEEs), e principalmente no século XXI, com o forte crescimento da economia chinesa, os interesses bilaterais entre as partes pautaram-se pela ampliação das vendas de manufaturados e pela compra de matérias-primas.
Em 2008, a África tornou-se o terceiro maior captador de investimentos diretos chineses, sendo ultrapassada apenas pelo restante da Ásia e pela América do Norte.
Nessa relação, é possível perceber que a China se beneficia muito mais, pois, além de ter acesso a produtos primários, notadamente algodão e petróleo, importantes para manter acesa a chama do dragão asiático, também exporta itens manufaturados para a África com maior valor agregado.

Professora Daiane – Geografia / 2016



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