O físico Alan
Guth afirmou que, independentemente da confirmação da captação dos primeiros
ecos do Big Bang, existe um número de universos paralelos que tende ao infinito
e hoje continua crescendo.
Guth, pesquisador do Instituto Tecnológico de Massachusetts, é criador
na década de 1970 da teoria do universo inflacionário para explicar sua
expansão depois de uma grande explosão.
Segundo esse cientista estadunidense, o universo continua crescendo com infinitas galáxias e planetas, ainda que a vida só tenha se dado em uma fração muito pequena.
Ao intervir em um congresso com mais de mil físicos na cidade espanhola de Valencia, o cientista assegurou que a maioria de modelos sobre essa teoria sustentam a existência de universos paralelos ou multiuniverso, constantemente em movimento.
A intervenção de Guth era particularmente esperada devido à polêmica provocada depois do relatório, apresentado em março passado pelo Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian dos Estados Unidos, sobre a descoberta do primeiro eco do Big Bang há 13,8 bilhões de anos.
A detecção do rastro em forma de ondas gravitacionais com o telescópio BICEP2, próximo ao pólo sul, foi colocada em dúvida por outros especialistas, que consideram que os astrônomos confundiram dados da missão europeia Planck ou que se trata de poeira cósmica.
A atenção da reunião científica está agora centrada no BICEP 2, cujos representantes também estão presentes em Valencia e, segundo avanços, deixaram entrever dúvidas sobre sua descoberta, depois da advertência dos cientistas europeus.
Segundo Guth, ainda no caso que as conclusões do BICEP 2 não sejam confirmadas, a teoria da inflação seguirá sendo a melhor explicação para a expansão inicial do universo depois do Big Bang.
Em coletiva de imprensa, o cientista assegurou que não existe um plano B para explicar como, em frações de segundos após a explosão, um universo mais pequeno que um átomo cresceu trilhões de vezes a uma velocidade superior à da luz.
Segundo a teoria, depois desse crescimento inicial, a expansão começou a decair e a matéria adquiriu o estado atual, mas não de forma uniforme, mas em pequenos setores que continuam crescendo como universos separados por um espaço em constante expansão.
Fonte: Prensa Latina
Mais informações, pesquisar em: http://hypescience.com/5-motivos-pelos-quais-devemos-estar-em-um-multiverso/
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